quarta-feira, 9 de setembro de 2009

um lugar para o ensino profissional

Os cursos profissionais passaram a fazer parte da oferta formativa de todas as escolas públicas…

Pretende-se diversificar a oferta e ao mesmo tempo ir ao encontro das reais necessidades dos alunos, das suas famílias e da sociedade em geral…

Embora as oportunidades de prosseguimento de estudos sejam muito idênticas, a maior parte das escolas, e principalmente a maioria dos professores, considera o ensino profissionalizante um ensino de segunda escolha, para aqueles que já experimentaram o insucesso no ensino dito “regular”

Na minha opinião o preconceito é o maior obstáculo à mudança e à evolução. E na escola o preconceito existe e muitas vezes é cultivado e reconhecido como uma forma de vincar uma identidade pessoal e institucional.

Exige-se há muito uma mudança de paradigma, para uma escola mais aprendente, que cultive a aprendizagem colaborativa, a experiência, a prática, a acção.

Enquanto a mudança tarda em se instalar no espaço e no tempo da escola, os cursos profissionais vão aos poucos reforçando a sua identidade, construindo comunidades de aprendizagem, que constituem um verdadeiro exemplo, para aqueles que acreditam que aprender é um processo eminentemente social.

Os meus alunos do curso profissional, sabem o quanto os respeito e o quanto valorizo as suas experiencias de vida, os seus projectos e os seus sonhos…

Tenho crescido muito enquanto pessoa e profissional, tentando que todos juntos possamos criar uma verdadeira comunidade de prática.

A todos os colegas que de uma forma ou doutra acreditam que o sucesso é muito mais do que a quantificação das avaliações atribuídas, fica a minha mensagem de esperança, para que a escola seja cada vez mais uma escola de todos e para todos.

Fátima Campos

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